sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
No Reino dos Preás, Rei Carcará na seleção da FNLIJ para Bolonha - 2010
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J3
Crença demais nos ditados populares
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Adagiário popular para Wilson Lima e CLDF
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
nesta superquadra perdida
sem norte, sul ou sudoeste
arruda e p.o. se enredaram,
vítimas da própria peste.
Sabedoria popular em pílulas
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
O Observatório da Imprensa também sabe onde mora a plutocracia
À sombra do escândalo
Por Luciano Martins Costa em 19/2/2010
Comentário para o programa radiofônico do OI, 19/2/2010
A crise política produzida pela revelação de um esquema de distribuição de propinas em Brasília ganha novos e interessantes contornos no final desta semana carnavalesca.
O governador interino, Paulo Octávio Alves Pereira, que, segundo destaca o Globo, chegou a ensaiar três cartas de renúncia, anuncia que vai ficar no cargo, esperando para ver se a Justiça ou qualquer outro poder esotérico o arranca da cadeira. Já sem apoio do seu partido, o Democratas, o vice-governador no exercício não tem grandes ambições políticas, ao contrário do que fazem pensar as notícias dos jornais.
Paulo Octávio se mantém no cargo para tentar salvar seus negócios, totalmente vinculados ao governo do Distrito Federal.
O governador interino, que completou 60 anos de idade em plena crise, no dia 13 passado, sábado de carnaval, construiu seu império de empreiteiras e propriedades imobiliárias nas sombras do poder público. Ele representa a figura do capitalista que vive como parasita do Estado. Aparece nos bastidores de escândalos há duas décadas, desde a eleição do ex-presidente Fernando Collor de Mello, de cuja amizade também se beneficiou. Observar seus movimentos ajuda a entender como funciona a política na capital federal.
O mesmo esquema
Os jornais acompanharam as tentativas de Paulo Octávio de obter algum apoio para seguir no cargo, enquanto se acumulam as evidências de que o governador titular, José Roberto Arruda, terá seu mandato cassado. Sua última grande cartada foi a visita ao presidente da República, de onde esperava sair com algum alento.
Sabe-se que o presidente Lula da Silva não quer o ônus de ser o autor de uma intervenção no governo da capital, e o governador interino esperava alguma declaração que o ajudasse a recompor minimamente a governabilidade para seguir no poder. Mas, apesar de a reunião ter sido a portas fechadas, nada fica secreto na corte, e seu fracasso logo virou notícia.
Alguns dos blogueiros mais influentes de Brasília apostaram, no começo da noite de quinta-feira (18/2), que Paulo Octávio não completaria o fim de semana no governo. Um deles chegou a explicar "por que Paulo Octávio renunciou".
Erraram. Porque acharam que se trata apenas de política.
A motivação de Paulo Octávio não é o poder. É o dinheiro. Ele é apontado como o avalista do esquema coordenado por José Roberto Arruda, que já foi também, por mais de dez anos, o mesmo esquema do ex-governador Joaquim Roriz.
Os negócios da política
O Estado de S.Paulo publica na edição de sexta-feira (19) cópia de uma planilha de computador apreendida pela Polícia Federal, na qual está desenhado o esquema de loteamento de 4,5 mil cargos de confiança na administração do Distrito Federal, com os nomes de padrinhos e apadrinhados e os totais de salários dos cargos comissionados. Os principais beneficiários são deputados distritais. Dos 24 deputados de Brasília, 18 estão na lista, o que explica de certa maneira como funciona o esquema.
Mas a distribuição de cargos não era a única forma de pagamento pelo apoio dos parlamentares. Tinha também a farta distribuição de dinheiro vivo, como ficou provado nos vídeos que foram parar na internet.
Mas ainda não é esse o núcleo e objetivo central do esquema escandaloso. O que, afinal, um empresário bem sucedido, sem necessidade de se expor à execração pública, está protegendo ao permanecer no cargo por uns poucos meses?
O que Paulo Octávio Alves Pereira tenta preservar, e que não aparece explicitamente no noticiário, é o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal. Essa informação abre a coluna "Painel" da Folha de S.Paulo de sexta-feira, mas o jornal não se estende em maiores explicações.
A mudança no planejamento urbano de Brasília é um velho sonho dos empreiteiros de Brasília. O projeto aprovado em 1997, no governo de Christovam Buarque, era pouco intervencionista. Por isso, o plano diretor foi reformado num dos quatro mandatos do ex-governador Roriz e, finalmente, no governo de Arruda, ganhou os contornos desejados pelo grupo, sendo aprovado pela Câmara Distrital em março do ano passado. Trata-se, segundo a nota da Folha, de uma verdadeira mina de ouro.
A imprensa poderia contar um pouco mais dessa história e parar de fingir que a crise de Brasília é política. Negócios são sempre negócios.
A folha sabe onde mora a plutocracia
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
São os negócios
Na opinião de quem conhece bem Paulo Octávio, um dos elementos para entender seus movimentos erráticos desde a prisão de José Roberto Arruda é o receio de que a renúncia ao governo, seguida de eventual intervenção, coloque em risco ao menos parte de seus muitos negócios no Distrito Federal.
Mais especificamente, o governador interino teme que o mandatário da faxina venha a revogar o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal, mina de ouro para as empreiteiras de "PO". Em depoimento à PF, o gravador-geral Durval Barbosa afirmou que cada um dos 19 votos para aprovar o Pdot na Câmara Distrital custou até R$ 420 mil. O Ministério Público do DF tenta anular a votação.
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Fluxo de caixa. Além do possível prejuízo aos negócios, preocupa Paulo Octávio a perspectiva de, uma vez fora do cargo, ver seus bens bloqueados pela Justiça. (do Painel de 19/2/2009)
Ainda a voz do dono
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J3
O dia em que PO perdeu a chance de pedir para obrar e não voltar mais
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Sobre a renúncia à renúncia de Paulo Octávio
pós-carnaval
as musas do carnaval,
lembrando-nos a riqueza
desse pátrio festival;
porém, seu silêncio áureo,
a custo de cabedal
não esconde a guerra podre
que grassa, fera, infernal:
a colher, bem seletiva,
os pobres deste País,
com a pena capital.
Qualquer um, menos o patrão
C M YK
C M YK
32 • Cidades • Brasília, sábado, 13 de fevereiro de 2010 • CORREIOBRAZILIENSE
» LUÍSA MEDEIROS
» SAMANTA SALLUM
Menos de 24 horas depois
da prisão do governador
afastado José
Roberto Arruda (sem
partido) e do pedido de intervenção
federal em Brasília, a base
aliada do governo na Câmara Legislativa
está se desmanchando.
A defesa feroz do governador não
faz mais parte do discurso dos
deputados governistas. Quem
não é citado nas denúncias da
Caixa de Pandora ou na suposta
tentativa de suborno de Edson
Sombra prefere ficar longe da
crise. Depois da sucessão de decisões
judiciais atingindo o Executivo
local, o clima que paira na
Casa é de temor. Para evitar o
pior, deputados decidiram mostrar
serviço. Fazem parte da agenda
pós-carnaval a aprovação dos
pedidos de impeachment do governador,
a composição da CPI
da Codeplan e a análise dos processos
de quebra de decoro parlamentar
de oito distritais.
O comportamento volátil dos
distritais da base aliada deu sintomas
claros ontem. Após reunião
de quatro horas na presidência
da Casa com a presença
de 14 deputados, o relator da Comissão
de Constituição de Justiça
(CCJ), Batista das Cooperativas,
até então vice-líder do governo,
anunciou que vai apresentar na
próxima quinta-feira relatório
pela aprovação dos três pedidos
de impeachment
contra
Arruda. Batista sempre defendeu
que a comissão deveria analisar o
mérito da questão e não apenas a
admissibilidade dos pedidos de
impedimento do governador. A
tese abria a possibilidade de os
pedidos serem arquivados na
CCJ e não passarem pela Comissão
Especial, como prevê a legislação
federal que regulamenta o
impeachment. A postura do governista
e amigo do governador
afastado mudou com os recentes
acontecimentos políticos. “Li e
interpretei 12 mil páginas para
dar um parecer pela admissibilidade
dos pedidos”, contou.
O relatório dos pedidos precisa
ser apreciado pelos cinco integrantes
da CCJ. A saída de Geraldo
Naves (DEM) da Câmara Legislativa
— que se entregou ontem
à PF — deixou vaga a presidência
da comissão, que deverá
ser preenchida por Paulo Roriz
(DEM). Caso sejam aprovados, os
pedidos serão encaminhados para
a Comissão Especial, cuja composição
pode ser definida na próxima
semana. Não há certeza se
os parlamentares respeitarão os
prazos determinados por lei (veja
arte). Integrante da CCJ, Paulo Tadeu
defendeu que a Comissão Especial
aprecie os pedidos assim
que chegarem. Agora, ele acha
possível acelerar os trabalhos. “A
prisão do governador e o pedido
de intervenção fizeram com que
os parlamentares mudassem de
posição”, constatou o petista.
Interesses
A verdade é que está difícil encontrar
na base governista quem
queira se expor defendendo os
interesses de Arruda. Não há candidatos,
por exemplo, para preencher
as vagas na CPI da Codeplan
abertas com a saída de Alirio Neto
(PPS) e de Geraldo Naves. Assim,
os nomes de José Antônio
Reguffe (PDT) e de Jaqueline Roriz
(PMN) devem ser indicados
como os novos membros. “Só entro
na CPI se for para investigar a
fundo, não vou participar de jogo
de cena”, disse Reguffe.
O corregedor da Casa e amigo
de Arruda, Raimundo Ribeiro
(PSDB) — que leu a carta de
afastamento do governador na
última quinta-feira —, vai passar
o carnaval analisando o inquérito
do STJ com as denúncias da Operação
Caixa de Pandora. “Não sei
os outros, mas sou coerente e
meu comportamento continua o
mesmo. Nunca me coloquei como
governista nem como oposição”,
comentou Ribeiro. Em 26 de
fevereiro, ele entregará o relatório
para abertura ou não de processo
disciplinar na Comissão de Ética
contra os oito deputados envolvidos
nas denúncias. Antes da prisão
de Arruda, havia forte pressão
para que a comissão arquivasse
os processos ontem mesmo. Mas
o presidente da Comissão de Ética,
Bispo Renato (PR), bateu o pé
e se negou a aceitar a proposta.
O deputado Paulo Roriz (DEM),
recém saído da secretaria de Habitação,
está mais independente
depois da ordem do DEM de se
descolar do governo Arruda. Ao
sair do GDF, era a esperança de Arruda
para reforçar a tropa de choque
na Câmara. Mas já não demonstrava
disposição para ser escudeiro
do governador afastado.
CAIXA DE PANDORA
Opinião do internauta
Leitores do Correio
comentaram no site a
decisão do ministro
Marco Aurélio Mello, de
rejeitar o pedido de
habeas corpus do
governador afastado José
Roberto Arruda. Veja
algumas opiniões:
Clovis Hachuy
“Parabéns ao ministro
Marco Aurélio. Não
poderíamos esperar outro
resultado de seu
julgamento. Mostra para
o povo e para o mundo
que o STF é
independente. Não julga
sob pressão.”
Francisca Silva
“Intervenção, não.
Precisamos terminar as
obras. Agora todo mundo
é santo. A polícia tem que
investigar desde o
governo passado.
Ninguém é santo, nem o
Sombra.”
Eliseu Lima
“Parabéns aos dignos
senhores juízes. Merecem
toda a nossa admiração e
consideração por fazerem
valer a lei brasileira. Eu
achava que era só pobre
que ia para na cadeia.
Mas Vossas Excelências
me mostram que a lei é
para todos e que
ninguém está
acima dela.”
Helder Silva
“Ainda não é hora para
comemorar, afinal de
contas, não é só no DF
que existe corrupção. A
corrupção está
entranhada em todos os
estados e prefeituras do
nosso país, nas quais os
chefes do Executivo
compram o apoio dos
membros do Legislativo.
O pior de todos são os
parlamentares que
traem o povo.”
Eduardo Aguiar
“Fica, Arruda, na cadeia.”
Sérgio Torquato
“Só o Judiciário mesmo
para fazer alguma coisa.”
Alisson Silva
“No Planalto Central,
perto do VLT, um mineiro
de Itajubá viu o sol
quadrado amanhecer…
Complete esse sambaenredo.”
Carlos Guilherme
Vasconcelos
“E os demais deputados
distritais que ganharam
dinheiro com a
quadrilha? Vamos colocálos
na cadeia também.”
Joaquim Aragão
“Agora, sim, temos
perspectivas de
comemorar os 50 anos.”
Mário Luiz Itaborahy
“Parabéns, senhor
ministro Marco Aurélio.
Só torço, agora, para seu
par, Gilmar Mendes, mais
uma vez, não desmandar
sua decisão”
Rafael Tavares
“Só falta a intervenção
federal, já que está tudo
uma bagunça.”
Redyaj Silva
“Não podemos esquecer
desses deputados distritais
que defendiam o Arruda.
Vamos trabalhar para que
nenhum consiga a
reeleição.”
Luiz Carlos Tanaka
“Alguma coisa está
mudando neste país.”
Após três dias de varredura nos
gabinetes de deputados da Câmara
Legislativa, os agentes da
Departamento de Atividades Especiais
(Depate) da Polícia Civil
do DF não encontraram nada que
comprovasse a prática de escutas
ambientais e grampos telefônicos
ilegais na Casa. Há 10 dias, os policiais
goianos Luiz Henrique Ferreira
e José Henrique Dares Cordeiro
foram detidos na saída sul
de Brasília por suposta prática de
arapongagem nas dependências
da Câmara. Os dois pertencem à
Delegacia Estadual de Repressão
a Narcóticos (Denarc) e estavam
na capital sem o conhecimento
da corporação de Goiás. Eles citaram,
em depoimento, que o exfuncionário
da Câmara Francisco
do Nascimento Monteiro os teria
contratado, supostamente a mando
do governador afastado José
Roberto Arruda.
Segundo o delegado Fábio
Souza, responsável pela varredura,
foram vistoriados os gabinetes
dos 24 distritais, da presidência
e vice-presidência da Casa,
da liderança do PT e da segunda-
secretaria da Mesa Diretora.
“Não foi encontrado nada”,
garantiu. Sobre a possibilidade
de os arapongas terem retirado
os grampos durante a semana
que se passou depois da detenção
dos policiais goianos, o delegado
disse que a polícia do DF
agiu assim que foi acionada. “Começamos
a varredura assim que
fomos solicitados pela presidência
da Casa”, afirmou. Para localizar
os equipamentos clandestinos,
os policiais usaram um detector
de semicondutor, capaz
de encontrar microfones e outros
metais, e telescópios. Um relatório
com o resultado do trabalho
será entregue ao presidente
da Casa, Wilson Lima (PR). (LM)
Sem vestígio de grampos
Deputados da situação não adotam
mais uma postura tão pró-Arruda.
Depois do carnaval, processos
de impeachment deverão andar
Leonardo Prudente (sem partido)
Aparece em dois vídeos gravados por
Durval Barbosa. Num deles, recebe
dinheiro e guarda em todos os
bolsos e nas meias. Em outro, reza
pela vida de Durval. Também é
citado em conversas como
beneficiário de contratos com o
governo e de pagamentos
mensais de R$ 50 mil. Devido às
denúncias, renunciou à Presidência da
Câmara de Legislativa.
Eurides Brito (PMDB)
Aparece em vídeo gravado por Durval
recebendo maços de dinheiro,
durante a campanha de 2006, e os
guarda na bolsa. A deputada é
também citada em depoimento de
Durval como beneficiária de
pagamento mensal no valor de R$ 30
mil em troca de apoio para o
governador.
Alvos de denúncias
Júnior Brunelli (PSC)
Foi filmado recebendo um
maço de dinheiro de Durval
na campanha de 2006. O exsecretário
de Relações
Institucionais também
declarou em depoimento
que Brunelli recebia mesada
no valor de R$ 30 mil desde
2002. Ele é o autor da
Oração da Propina, que ficou célebre
Benício Tavares (PMDB)
Em depoimento, Durval
Barbosa disse que Benício
Tavares recebia R$ 30 mil
ainda no governo anterior,
para favorecer a
candidatura de Arruda.
Ele também foi alvo de
vídeo gravado por Durval,
mas não aparece
recebendo dinheiro.
Rôney Nemer (PMDB)
Citado em conversa
gravada em que o
então chefe da Casa
Civil, José Geraldo
Maciel, diz que ele
recebia R$ 11,5 mil do
assessor de imprensa
Omézio Pontes.
Rogério Ulysses
(sem partido)
Citado em conversa
em que o então chefe
da Casa Civil, José
Geraldo Maciel, disse
que pagava R$ 50 mil
para o deputado, que
ainda recebia R$ 10
mil do assessor de imprensa Omézio
Pontes. Além disso, ele foi alvo de ação de
busca e apreensão em sua casa e no
gabinete na Câmara Legislativa.
Aylton Gomes (PR)
Citado em conversa em
que o então chefe da
Casa Civil, José Geraldo
Maciel, disse que pagava
a ele R$ 30 mil.
O deputado, segundo
o diálogo, ainda
recebia R$ 10 mil
de Omézio Pontes.
Benedito Domingos
(PP)
Em depoimento, Durval
Barbosa disse que
Benedito recebeu R$ 6
milhões para apoiar a
campanha do governador
Arruda. Ele também é
citado em conversa de
José Geraldo Maciel como beneficiário de
dinheiro que lhe seria entregue pelo
conselheiro Domingos Lamoglia.
Confira os deputados distritais, em exercício de mandato, podem ser processados por quebra de decoro parlamentar:
Batista: pela admissibilidade dos pedidos de impeachment
Policiais civis do DF fizeram varredura em toda a Câmara Legislativa
A fuga dos distritais aliados
Carlos Moura/CB/D.A Press
Carlos Silva/Esp. CB/D.A Press
Fotos: Carlos Moura/CB/D.A Press
Cadu Gomes/CB/D.A Press - 15/12/09
Carlos Vieira/CB/D.A Press - 11/9/08
Carlos Silva/Esp. CB/ D.A Press - 10/12/09
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Lobo Guará de Hotel
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J3
Ainda a visita ao Centro de Ensino Fundamental de Arapoanga, Planaltina, DF
AGRADECIMENTO
Caro amigo,Queremos agradecer sua vinda em nossa escola. Como sempre muito gentil emnos atender. Muitos professores escreveram na avaliação sobre a semamapedagógica, do vasto conhecimento que tens. Colocaram que ainda dá parasonhar e fazer uma educação diferente. Isso me deixa muito feliz em saberque estamos no caminho certo. Não esqueci da declaração. Logo enviarei. Umforte abraçoEquipe CEFA
jordenes ferreira da silva [cefa98@ig.com.br]
Crônica do Paulo José Cunha dando um chega prá lá em Arruda e sua canalha
Chega.
Paulo José Cunha
Chega.
Assim, sem exclamação, sem exageros, sem gritos histéricos. Apenas, chega. Ponto. Pois já se exauriu o tempo das explicações inúteis para o que foi visto e repetido nas telas das tevês, que nos causou repulsa, engulho, nojo, revolta, vergonha e lágrimas. A exibição das imagens sórdidas de bolsas e meias entupidas de dinheiro sujo causou uma dor fina, dor doída e persistente, que não vai parar tão cedo de doer em todos os que amamos esta cidade. Brasília anda triste, de olhos baixos. Com a tristeza dos traídos.
Sim, porque abriu-se uma ferida funda, bem ali no meio da Esplanada; lá onde mora o coração da cidade, entre as pessoas que tomam ônibus na Rodoviária; ao lado da Praça do Relógio em Taguatinga; entre os violeiros da Casa do Cantador da Ceilândia; no meio da pista que vai pra Sobradinho; no centro da Feira do Guará. Uma ferida fétida, aberta para onde se olha. Uma ferida dói por toda parte. Aberta, exposta, dolorida e que permanecerá aberta, exposta e dolorida até que alguém entenda o sentido de uma palavra seca e única: chega.
Sem alarde, sem discurso pomposo, dizemos apenas e tão simplesmente que chega. Nossos meninos, bravos meninos (os novos caras-pintadas, aos quais se uniram agora os igualmente bravos coroas-pintados) continuam enfrentando as patas dos cavalos da polícia de S. Excia. Mas S. Excia. e seus acólitos ainda não entenderam que chega. A guerra acabou, o senhor perdeu, o povo ganhou. Chega.
Alcançamos, aos 50 anos, a idade da razão, com um passado que nos orgulha. Passado todo feito de coragem. Coragem de momentos como aquele, quando a brava gente brasiliense foi às ruas despedir-se de seu criador e carregou em lágrimas ao cemitério o corpo de JK nas próprias mãos, desafiando as ordens da ditadura ("como poderei viver sem a tua companhia?"); coragem dos meninos da UnB que enfrentaram os tanques e os fuzis da intolerância e escreveram com sua dor uma das mais belas páginas da rebeldia sincera de nossa juventude; coragem dos que não pararam de buzinar, em desobediência às ordens tresloucadas de um general grotesco, antiquixote patético, a cavalo, aos berros, chicoteando carros na tentativa inútil de conter o turbilhão da liberdade; coragem dos jovens bonitos que um dia se vestiram de preto e, pintados para a guerra, mudaram o curso da história.
História. Uma palavra cara a todos nós, brasilienses, pois nos últimos 50 anos ela tem passado obrigatoriamente por aqui, e boa parte dela tem sido escrita por nós, e um pouco com o nosso sangue. Nós, agora feridos em nosso orgulho mais puro.
Por isso, chega. Como diz o libertário e rebelde poeta Torquato Neto, "a guerra acabou, quem perdeu agradeça a quem ganhou". Chega. Se não entenderam ainda, nós, os que amamos esta cidade que nos acolheu e onde nossos filhos crescem e se tornam cidadãos de bem, repetimos e repetiremos enquanto houver ar nos pulmões: chega.
Brasília está vocacionada para o futuro, é a cidade da coragem. Coragem de um louco que a sonhou para concretizar a interiorização do desenvolvimento, disse que ia erguer a capital do futuro e a fez brotar da terra vermelha, feito flor do cerrado. É a cidade da coragem da arquitetura revolucionária de Lúcio e Oscar, que ainda hoje assombra o mundo. Brasília é a cidade da coragem de quem remove os entulhos do passado, muda o rumo dos ventos e inaugura o futuro. Coragem, quase um sobrenome nosso. Brasília, capital da coragem. Coragem que nunca nos abandonou.
Por tudo isso, game over, meus compadres: as fichas acabaram e vocês não entenderam. Não adianta quebrar a máquina de videogame. The end. Fim. C'est fint. O jogo acabou. Nossa coragem, não. Está maior do que nunca.
Por tudo isso, chega. Agora, por gentileza, saiam daí, que o futuro quer passar.
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Paulo José Cunha é jornalista, professor e escritor.--
J3
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Agenda da Caixa de 2010 traz texto meu sobre Cantoria
O texto sobre cantoria da agenda da Caixa de 2010 foi escrito por mim. Abaixo, a íntegra do "verbete", que faz parte de um conjunto de depoimentos sobre a cultura popular brasileira. A ilustração foi retirada da obara de Alexandre Rosalino.
Uma boa cantoria enche de prazer as noites do sertão e de muitas cidades onde haja admiradores da cultura brasileira. E quem é que não se encanta ao ouvir os repentistas? Dedilhando em suas violas, cantam versos carregados de emoção. Ou contam façanhas sobre si, ao mesmo tempo em que criticam o adversário. E os ouvintes ficam à espera de que o outro cantador se saia com uma tirada ainda melhor, para ver quem vence o desafio. No fim, quem ganha é a plateia.
Mais que ser bom poeta, o cantador precisa se informar das novidades e também conhecer História, Geografia, Mitologia, Religião e Ciências. É uma verdadeira enciclopédia, que vai espalhando sabedoria ao cantar. Em sextilha, moirão, gemedeira, galope à beira-mar e em outras tantas modalidades de cantoria, improvisa sobre as devoções do povo, o cangaço, a valentia e até antigos romances de cavalaria.
No início, apresentavam-se em fazendas ou pequenos povoados. Hoje, tendo levado a arte do Nordeste para todo o País, participam de festivais, de programas de rádio e de televisão, além de gravar CDs e vídeos. E mesmo quem nunca assistiu a uma peleja, pode ler as mais famosas, reescritas em folhetos de cordel, o que aumenta ainda mais o gosto pelo repente.
João Bosco Bezerra Bonfim, poeta, pesquisador das artes verbais (cordel, cantoria) e outras manifestações da poesia popular.
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João Bosco Bezerra Bonfim
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J3
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Arapoanga, Planaltina, Bras?lia, Distrito Federal
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Dica de formação de mediadores de leitura
Publicada por Assessoria de Imprensa da Capes
Quinta, 14 de Janeiro de 2010 16:44
Professores das redes públicas de educação básica de estados e municípios já podem fazer a pré-inscrição para o curso de formação continuada de mediadores de leitura. É um curso de extensão, na modalidade a distância, com 90 horas e duração de três meses.
Para o primeiro semestre deste ano, são oferecidas 2.890 vagas em 59 polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB), sob a responsabilidade de oito instituições públicas de ensino superior das regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
De acordo com Elaine Cáceres, da diretoria de políticas de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, o curso será ministrado com apoio de materiais didáticos criados pelas universidades exclusivamente para o curso. Ampliar as possibilidades de trabalhar a leitura na sala de aula e nos ambientes da escola, ampliar os conhecimentos sobre os gêneros literários e aprofundar a compreensão do papel da leitura no desenvolvimento humano estão entre os objetivos desta ação.
Os temas a serem abordados no curso são linguagem e cultura, leitura de linguagens verbais e não verbais (cinema, teatro, música, dança, fotografia, arquitetura, hipermídia, cibercultura), textos literários e como trabalhar a leitura com diversos públicos – crianças, jovens, adultos e idosos.
Plataforma Freire – Os educadores fazem a pré-inscrição na Plataforma Freire, onde também escolhem o pólo mais próximo da residência ou do local de trabalho. Depois disso, as secretarias de educação estaduais ou municipais analisam e validam a inscrição e informam relação de nomes para as universidades. A previsão é que os cursos tenham início em março próximo.(Assessoria de Comunicação do MEC)
Fonte: http://www.capes.gov.br/servicos/sala-de-imprensa/36-noticias/3513-universidade-aberta-oferece-curso-de-mediador-de-leitura